Valle do Nídeo Reserva 2009 Tinto

Ano: 2009

Produtor: Miguel Abrantes

Tipo: Tinto

Região: Douro

Castas: Touriga Franca e Tinta Roriz

Preço Aprox.: 7€

Veredicto: Miguel Abrantes é mais um daqueles jovens enólogos, em que a paixão que emprega à sua causa, começa finalmente (e felizmente) a dar frutos. Privamos com ele, pela primeira vez, no festival de vinhos do Douro Superior deste ano, onde foi consagrado com 3 medalhas - Ouro para os brancos Azinhate 2010 e Valle do Nídeo 2011 e Bronze para o tinto Azinhate Reserva 2007. 3 medalhas num concurso com mais de 160 vinhos em prova, é obra...! E com a qualidade média dos vinhos apresentados, todos do excepcional terroir do Douro Superior. Mas a sua humildade, simplicidade, simpatia e acima de tudo competência, merecem tal distinção.

O vinho é produzido apenas das castas Touriga Franca e Tinta Roriz, sofrendo um estágio de 6 meses em carvalho americano novo. Desta feita, não existe Touriga Nacional no lote (como habitualmente nos 3 'Ts' do Douro).

Cor Ruby intenso. Aroma complexo com predominância dos frutos vermelhos bem maduros, ameixas, amoras, framboesas. Notas de baunilha e especiarias. Leve toque floral. Na boca mostra-se frutado e muito macio. Fresco, elegante e estruturado com taninos firmes, apresenta alguma secura, o que lhe confere pendor gastronómico. O final é longo e persistente.

Belo exemplar do Douro Superior, com "tudo no sítio".

Classificação Pessoal: 15,5

Lucinda Costa

Herdade Do Rocim Mariana Tinto 2010

Ano: 2010

Produtor: Herdade do Rocim

Tipo: Tinto

Região: Alentejo

Castas: Aragonês, Trincadeira, Alicante Bouschet e Alfrocheiro.

Preço Aprox.: 5€ - 7€

Veredicto: Produzido pela Herdade do Rocim, apenas para o mercado internacional, vim descobrir este vinho, aqui em Luanda.

“Mariana” foi inspirado na pitoresca história de amor que uniu a freira do convento da Conceição em Beja, Mariana Alcoforado, e o galante militar francês Cavaleiro de Chamilly, no rescaldo das lutas pela Restauração (séc. XVII), em Portugal. Ficaram famosas as cartas de amor que Mariana escreveu ao seu amante Chamilly, publicadas em França corria o ano de 1669. Ele, regressado à pátria, casou e foi promovido a marechal, e ela viveu em clausura até aos 83 anos... 

Cor Ruby. No aroma, predominam os frutos vermelhos maduros do bosque. Sobretudo focado na fruta, de qualidade. A boca é de perfil elgante e equilibrada, taninos maduros, mas macios, terminando com uma persistência bem agradável.

Vinho agradável e mais direto, sem madeira, de perfil bastante internacional, muito frutado, mais redondo, feito com castas autóctones apenas.

Classificação Pessoal: 15,5

Sérgio Lopes

Galo D'Oiro Branco 2011

Ano: 2011

Produtor: Sociedade Agrícola Quinta do Conde

Tipo: Branco

Região: Lisboa

Castas: Arinto, Fernão Pires, Sauvignon Blanc

Preço Aprox.: 2.5€

Veredicto:  A sociedade Agrícola Quinta do Conde é uma empresa existente há já várias gerações na familia Santos Lima. Está situada no concelho de Alenquer, a cerca de 45 kms a Norte de Lisboa com uma área total de 192 ha, dos quais 130 ha são vinhas.

O portefolio é constituído por diversas marcas, desde entrada de gama, até ao topo, contando com castas portuguesas e internacionais, em blend ou vinificadas em separado.

Este Galo D'Oiro mistura Arinto, Fernão Pires e a casta francesa Sauvignon Blanc. O rótulo identifica um Galo dourado e a expressão "of Lisbon", talvez para criar impacto no mercado internacional. Confesso que não o considerei muito apelativo.

Relativamente ao vinho, passou-me também ao lado... A conjugação das castas mostra um aroma algures entre a maçã verde e o ananás. A boca é fresca, mas a acidez mostra-se um pouco descompensada do conjunto. Termina de média persistência.

Não está mal feito, apenas o considerei totalmente indiferente e para um campeonato pertencente à feroz entrada de gama, à venda nas grandes superfícies.

Classificação Pessoal: 13,5

Sérgio Lopes

Prova dos vinhos Quinta da Fonte do Ouro

“Um enólogo, várias regiões, perfis distintos de vinho”. È este o mote do projeto "Boas Quintas". Boas Quintas nasceu em 1991 na região do Dão, mas só em 2010 segue como projecto multi-regional que alia o que há de melhor da Quinta da Giesta e Quinta da Fonte do Ouro (Dão), da Herdade de Gâmbia (Península de Setúbal) e da Quinta de Garro (Alentejo).

Com tradição agrícola de 130 anos, a família Cancela de Abreu guarda registos da sua actividade vitivinícola desde 1884. Em 1991, o enólogo Nuno Cancela Abreu, representante da 4ª Geração, decidiu empregar toda a sua experiência na área da viticultura e da enologia ao serviço de um projecto que lhe permitisse criar vinhos de alta qualidade, carácter e personalidade: E assim nasceu o projeto.

Eis as notas de prova dos vinhos Quinta da Fonte do Ouro Encruzado Branco e Reserva Tinto. 

Quinta da Fonte do Ouro Encruzado Branco 2011

Ano: 2011

Produtor: Boas Quintas

Tipo: Branco

Região: Dão

Castas: Encruzado

Preço Aprox.: 10€

Veredicto: Cor amarelo pálido. Nariz com presença mineral forte e notas florais delicadas e de fruta branca. Boca fresca e untuosa, com acidez perfeitamente integrada. Final de bela persistência.

Classificação: 16

Quinta da Fonte do Ouro Reserva Tinto 2010

Ano: 2010

Produtor: Boas Quintas

Tipo: Tinto

Região: Dão

Castas: Touriga Nacional, Tinta Roriz, Jaen e Trincadeira.

Preço Aprox.: 10€

Veredicto: Cor Ruby. Nariz elegante e fino, com perfeito balanço entre fruta e a passagem pela barrica. Na boca, o mesmo equilíbrio. Frescura, elegância, bom corpo, taninos macios e final de grande proporção. Muito bem.

Classificação: 16

Em resumo, belos exemplares identificativos da região do Dão, dentro do seu patamar de posicionamento.

Nota: Amostras gentilmente cedidas pela Garcias Gourmet à qual agradecemos.


Sérgio Lopes

Nederburg Winemasters Reserve Chardonnay 2012

Ano: 2012

Produtor: Nederburg

Tipo: Tinto

Região: África do Sul

Castas: Chardonnay

Preço Aprox.: 5€ - 8€

Veredicto:  Chardonnay é das castas francesas brancas mais nobres. Os exemplares do "Novo Mundo" costumam ser agradáveis e bem feitos. Este Winemaster's Reserve da Nederburg passa por madeira usada de carvalho francês.

Cor amarela esverdeada. O aroma centrado na lima e melão, com notas de especiaria e baunilha muito suaves. Boca cremosa e com boa textura. Final refrescante, longo e saboroso.

Mais um exemplar novo mundo muito bem feito e que dá imenso prazer a beber por si só, ou acompanhando por exemplo umas entradas ou "Sushi".

Classificação Pessoal: 15,5

Sérgio Lopes

Encontro com o Vinho e Sabores 2013

Realiza-se, de 8 a 11 de Novembro de 2013, pelo 14º ano consecutivo, mais uma edição do Encontro com o Vinho e Sabores, um evento organizado pela Revista de Vinhos. O certame decorrerá novamente no Centro de Congressos da Junqueira (Lisboa), sendo que o primeiro dia, 8, está reservado apenas para profissionais do sector.

Durante os três dias haverá a oportunidade de provar mais de 350 vinhos, participar nas provas especiais comentadas e provar muitos sabores gourmet, além de poder fazer as suas compras na loja de vinhos e contactar com o mundo que rodeia o vinho nos expositores de acessórios e copos. Haverá ainda actividades paralelas e concursos, tais como "A Escolha da Imprensa" e “Melhor Carta de Vinhos”, bem como a presença de alguns especialistas estrangeiros do sector.

Os bilhetes estão à venda no Centro de Congressos de Lisboa, durante os dias do evento. É certamente mais um evento a não perder.

Sérgio Lopes

Alexander Fontein Chenin Blanc 2012

Ano: 2012

Produtor: Alexander Fontein

Tipo: Branco

Região: África do Sul

Castas: Chenin Blanc

Preço Aprox.: 4€ - 5€

Veredicto: Chenin Blanc é uma casta Francesa, proveniente da região do Vale de Loire. Por isso, por vezes é também denominada por Pineau de La Loire. A sua elevada acidez e versatilidade permite-lhe produzir vinhos de diversos estilos, doces, semi-secos ou secos, dependendo do terroir e do perfil pretendido pelo produtor. Fora de França, predomina em abundância na África do Sul, onde é também conhecida pela denominação Steen, ocupando cerca de um quinto da exploração vinícola do país..

Cor amarelo pálido. O aroma é bastante fresco, com notas predominantes de maçã e marmelo. Na boca a acidez crocante é bem evidente. Quiçá talvez ligeiramente em demasia. Bom volume de boca e final amparado numa grande frescura.

Um Chenin Blanc bem seco, proveniente  do "Novo Mundo" (E com screwcap). Agradável, embora não me tenha deslumbrado.

Classificação Pessoal: 14,5

Sérgio Lopes